Pensando no Tratamento para TDAH? O Transtorno de Déficit de Atenção com Hiperatividade (TDAH) é uma condição do neurodesenvolvimento que impacta milhões de pessoas em todo o mundo — muitas delas ainda sem diagnóstico. Em adultos, o TDAH pode se manifestar por meio de desorganização, procrastinação crônica, dificuldade de manter o foco, esquecimentos, impulsividade e uma montanha-russa emocional que afeta trabalho, relacionamentos e autoestima.
Com o avanço da neurociência e da psicologia clínica, sabemos hoje que o TDAH tem tratamento — e ele não se resume a usar medicamentos. O modelo mais eficaz combina estratégias em quatro pilares: psicoeducação, mudanças de hábitos, psicoterapia e uso medicamentoso (quando indicado).
Neste artigo, você vai entender como funciona cada um desses pilares, como identificar o que faz sentido para o seu caso e por que o tratamento precisa ser personalizado.
Índice
O que é o TDAH?
Antes de falar em tratamento para TDAH, é importante entender o transtorno. O TDAH não é uma falha de caráter, preguiça ou falta de força de vontade, mas sim uma disfunção neurobiológica que afeta a autorregulação.
Pessoas com TDAH apresentam alterações no funcionamento de áreas cerebrais relacionadas à atenção, impulsividade, motivação, planejamento e regulação emocional. É como se o cérebro tivesse dificuldade em “ligar” para tarefas entediantes, mas ficasse obcecado por coisas estimulantes ou urgentes.
Os principais sintomas incluem:
- Dificuldade de foco e atenção sustentada
- Esquecimentos frequentes
- Impulsividade nas falas e decisões
- Atrasos crônicos e desorganização
- Procrastinação mesmo para tarefas simples
- Explosões emocionais ou hipersensibilidade
- Hiperfoco em temas de interesse (e bloqueio para o resto)
TDAH tem cura?
Não. Mas tem tratamento eficaz. O TDAH não é algo que se “cura”, como uma gripe, mas sim uma condição com a qual a pessoa pode aprender a lidar, construir estratégias e melhorar significativamente sua qualidade de vida.
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Os 4 Pilares do Tratamento para TDAH
1. Psicoeducação: Conhecimento é poder
A psicoeducação é o primeiro passo para qualquer tratamento bem-sucedido. Trata-se do processo de entender o que é o TDAH, como ele funciona no seu cérebro e como afeta suas emoções e comportamentos.
Benefícios da psicoeducação:
- Reduz a culpa e o autoboicote
- Ajuda a família e os colegas a compreenderem melhor a condição
- Fortalece a autoestima
- Permite escolhas mais assertivas de rotina, tratamento e profissão
- Diminui o estigma e o sentimento de inadequação
📘 Exemplo prático: Ao entender que procrastinar não é preguiça, mas uma dificuldade de iniciar tarefas que não ativam dopamina, o paciente pode buscar estratégias mais realistas — como body doubling ou timers visuais.
2. Mudança de hábitos: O cérebro com TDAH precisa de rotina
Quem tem TDAH frequentemente sofre com desorganização, noites mal dormidas, impulsividade alimentar e dificuldade de manter consistência nos hábitos. Por isso, mudar a rotina é essencial para o sucesso do tratamento.
Hábitos que ajudam:
- Sono regular (deitar e acordar no mesmo horário)
- Atividade física regular (melhora atenção e humor)
- Alimentação equilibrada (evitar jejum prolongado, excesso de açúcar e cafeína)
- Uso racional de telas (limitar o tempo de redes sociais e manter foco no trabalho)
- Ambientes organizados e com lembretes visuais
- Divisão do dia em blocos e criação de pequenas metas
O que evitar:
- Multitarefas
- Rotinas caóticas
- Ambiente com excesso de estímulos
- Autocrítica constante
🎯 Com pequenas mudanças diárias, o cérebro com TDAH se adapta a uma rotina mais funcional e previsível, reduzindo crises de ansiedade e desorganização mental.
3. Psicoterapia com especialista: Não é só “conversar”
A terapia psicológica é parte essencial do tratamento do TDAH, especialmente para adultos. Não se trata apenas de “desabafar”, mas de aprender estratégias comportamentais, cognitivas e emocionais que ajudam a conviver melhor com o transtorno.
A abordagem mais eficaz:
A Terapia Cognitivo-Comportamental (TCC) é considerada o “padrão ouro” no tratamento psicológico do TDAH em adultos. Ela ajuda a:
- Identificar pensamentos automáticos sabotadores
- Desenvolver estratégias de foco, organização e planejamento
- Combater procrastinação com técnicas estruturadas
- Fortalecer autoestima e autocompaixão
- Trabalhar a regulação emocional
👥 Também pode ser útil incluir familiares, companheiros ou colegas no processo terapêutico, quando necessário.
💡 Com um psicólogo que compreende o funcionamento do TDAH, o paciente encontra acolhimento e ferramentas específicas, não apenas conselhos genéricos.
4. Medicação: Quando é necessária?
A medicação não é obrigatória, mas pode ser extremamente útil em muitos casos. Ela não “cura” o TDAH, mas ajuda a equilibrar os neurotransmissores, especialmente a dopamina e a noradrenalina.
Quando os medicamentos são indicados?
- Quando os sintomas causam sofrimento ou prejuízos significativos
- Quando o paciente já tentou ajustes e psicoterapia, mas ainda assim sofre com falta de foco, impulsividade e descontrole emocional
- Quando há comorbidades (ansiedade, depressão) agravadas pelo TDAH
Tipos de medicação:
- Estimulantes: metilfenidato (Ritalina®, Concerta®), lisdexanfetamina (Venvanse®)
- Não estimulantes: atomoxetina (Strattera®), bupropiona, guanfacina
⚠️ Importante: A medicação deve ser prescrita e acompanhada por um médico psiquiatra ou neurologista. Jamais se automedique.
O tratamento é igual para todo mundo?
Definitivamente, não. Cada pessoa tem uma história, um cérebro e um contexto diferentes. Por isso, o tratamento deve ser personalizado, com avaliação clínica detalhada, escuta acolhedora e acompanhamento contínuo.
E se eu não quiser tomar remédios?
Tudo bem! O uso de medicamentos é opcional e não obrigatório. Muitas pessoas conseguem excelentes resultados apenas com psicoterapia, ajustes na rotina e psicoeducação.
O importante é estar aberto ao processo, avaliar os resultados e buscar o que funciona melhor para você, com segurança e acompanhamento profissional.
TDAH em adultos: uma nova chance de recomeçar
Muitos adultos descobrem o TDAH tardiamente, depois de uma vida inteira de autocrítica, frustrações e tentativas de “se encaixar”. O diagnóstico e o tratamento não mudam o passado — mas podem transformar o futuro.
Com o suporte certo, você pode:
- Redescobrir seu potencial
- Criar estratégias personalizadas
- Viver com mais foco, propósito e tranquilidade
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